sábado, 9 de julho de 2011

Desencontros virtuais

Estavam lá naquela praça os dois, um de costas para o outro. Observando e olhando no relógio. Até agora, nenhum deles havia se visto. Não pessoalmente. Talvez daí a confusão e o pequeno desencontro.

Joana_Fofinha esperava trajada com uma camisa rosa e um casaco branco por cima, além dos jeans prediletos e do tênis lilás de marca. Já Johnny_Bravo aguardava com uma camiseta xadrez, preta e branca, uma bermuda branca e seu tênis, também de marca, preto com branco. Assim estavam, como o que ficou combinado.

O encontro tinha sido agendado para as dezoito horas, e os grandes ponteiros do relógio central já alcançavam as sete da noite. Ambos, cansados da espera, estavam prestes a ir embora quando – ops – Johnny_Bravo esbarra em Joana_Fofinha. Os dois se desculparam instantaneamente e se olharam com um olhar mesclado entre curiosidade e vergonha.

- Joana_Fofinha? – indagou, surpreso, o rapaz de cabelos loiros, com um topete.

- Não acredito. Johnny_Bravo. Que belo papel pagamos aqui... – retrucou a jovem com cabelos castanhos encaracolados.

- E não é? Bom... Mas então, venha, vamos comer algo ali na pizzaria da esquina, conforme o combinado. – disse ele.

Foram então jantar e tentar, assim, se conhecer melhor. Optaram por uma pizza de dois sabores: frango com catupiry e calabresa.

- Mas então... Seu topete e a cor do seu cabelo... Vem daí o apelido no SuperEncontrosDoCoração.net, certo? – Perguntou, com um leve sorriso, a moça.

- Óra... A maioria das pessoas acaba não entendendo. - brincou o rapaz – Dá pra acreditar?

E assim começou uma longa conversa que só teve uma ligeira pausa quando a pizza chegou, mas que não demorou a voltar. E assim foi até o fim da noite, que terminou com uma indagação apenas: Quem iria pagar a conta?

domingo, 5 de junho de 2011

O que há de errado com a sociedade?

O que há de errado com a sociedade? Respondo: tudo. Começando pela forma com que ela impõe limite às pessoas. Não, isso está errado! Não há limites na vida. Não há barreira que não possa ser derrubada em nome da felicidade.

A sociedade tem olhos atentos. Nem um erro pode ser esquecido. Fazem questão de nos mostrar que erramos. E não com a finalidade de nos ajudar a melhorar, mas com o objetivo de nos entristecer e nos fazer desistir.

Mas a sociedade tem, acima de tudo, olhos críticos. A roupa da moda é aquela, e quem não a veste não é digno nem de pena. Aí é que está o erro maior!

O mundo foi feito talvez com a finalidade de ter apenas pessoas diferentes. Se até gêmeos fazem de tudo para não serem confundidos, por que a humanidade insiste em padronizar penteados e vestes? A resposta é, mais uma vez, simples: o comércio é manipulador.

Não há nada que escape dos olhos da sociedade. Seus erros, sua aparência... Tudo é julgado por um mundo cruel e injusto. Até quando uma etiqueta de marca valerá mais do que os bons costumes?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O mundo lá fora

É noite. Há uma lua belíssima lá fora. Estou só. Aprendi a admirar a noite pelo vidro de uma janela, a fim de não sair por aí. Por medo. Medo de ser reconhecido. Medo do que vão pensar de mim. Medo de que riam de minhas vestes e que gozem de meu penteado. Medo de me perder meio a tanta futilidade.

São vinte e duas horas e eu ainda estou observando o céu. Cada estrela rende uma história e lembra uma pessoa. Fico pensando o que há fora de minha casa, dos riscos e – em contrapartida – benefícios de respirar o ar do mundo real.

Fiquei por tempos fazendo o meu mundo, no qual não estava envolvido mais ninguém que não fosse eu. Fantasiando um universo perfeito no qual as coisas seguiam o rumo que eu determinasse. Sendo o deus e o eu.

Hoje talvez eu não consiga mais distinguir o que é verdade e o que é fantasia. Talvez eu não consiga nem me lembrar das paisagens lá fora e talvez me assuste com as mudanças que vieram a ocorrer.

Mas agora decidi me destrancar do meu mundo e seguir em frente. Sair da minha casa pra perambular pela noite observando cada detalhe sem faltar sequer um. Nada passava despercebido diante de meus olhos curiosos.

Percebi que há muito mais alegrias nessa vida do que se pode fantasiar. Há sensações únicas nessa vida que nem o mais perfeito universo de ficção poderia ter. Sentimentos. Paisagens. Sabores. Aromas.

Correr riscos é necessário. É preciso superar todos os medos e continuar traçando o seu caminho, não importa onde ele termine. A vida é o que se faz dela, e não o que se leva dela. O melhor momento da vida é o presente. Não importa o futuro nem o passado. Não importa o que venha nem o que já foi. O que importa é o agora.

sábado, 30 de abril de 2011

Pare, pense, escolha

Você já parou pra pensar que por causa de uma escolha sua vida pode ter mudado completamente (seja pra melhor ou pior) e você pode nem ter se dado conta?

Por mais que pareça exagerado, se você vira pra esquerda ou direita, a forma como você fala alguma coisa, tudo influencia sua vida direta ou indiretamente.

Naquela rua poderia estar o amor da sua vida, um assassino, seu ídolo ou qualquer outra pessoa. Mas você simplesmente pode entrar em outra.

Aquela cartela pode valer milhões de reais. Você poderia ficar milionário, mas você escolhe outro número. Ah, ironias do destino.

Por mais que você pense, que você ouça a todos, escolhas deverão ser tomadas. E isso não é nem uma questão de sorte ou dinheiro, mas de vida. Sim, vida.

A vida é feita de escolhas. Na verdade, a vida é basicamente uma escolha. Talvez não sua, mas de seus pais. Você nascer ou não é uma escolha, que cabe a seus pais. Eles poderiam ter abortado você, mas decidiram colocá-lo no mundo. Você viver ou não é uma escolha. Você pode terminar com ela a qualquer hora, mesmo sabendo que toda vida vale a pena.

Não, escolhas não são fáceis e você pode se arrepender amargamente de algumas delas. Mas a vida é uma aventura onde, como dizem, "quem não arrisca não petisca".

E aí, você está preparado?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Querem nos proibir


Querem nos proibir de falar
Sobre o que bem quisermos
Querem nos calar diante dos grandes
A fim de ocultar as críticas

Querem nos proibir de sentir
O que quisermos, quando quisermos
Nos julgando de forma fria
Impiedosa e dolorosamente

Querem nos proibir de amar
Quem quisermos, por qualquer razão
Não querem saber de sentimentos
Querem uma humanidade fria

Querem nos proibir de saber
Ter conhecimento demais é arriscado
Óra, podemos descobrir segredos
Podemos fazer melhor que eles!

O fim

Talvez tudo nesta vida tenha um fim. Aliás, até a vida tem fim. O planeta pode ter fim. Fim... Por que o temo tanto?

A morte. O fim de tudo, talvez. Ou apenas o fim parcial. De "uma das vidas". Ninguém sabe. A morte é de fato um mistério. Ninguém sequer imagina o que realmente há por trás dela.

O fim é complicado. Ninguém está preparado para o fim, geralmente. Ninguém mesmo. Já disseram que um dia o mundo simplesmente vai deixar de existir. E depois? O que acontecerá? Qual o sentido do planeta? Ele realmente vai ter um fim?

O fim é facilmente identificado em HQs, em filmes... Mas em nossas vidas? Será que sabemos quando é o fim de cada coisa?

Quando será que este momento terrível vai terminar? Eu não quero que este momento tão bom acabe! O fim também é relativo.

O fim também é o futuro, uma vez que é algo que ainda está por vir. Não é passado. Nem presente. É o que vem pela frente. Ele está próximo! O fim está chegando! Sim, um dia ele virá.

Preparados ou não, um dia alguma coisa acaba. Seja nossa vida ou a vida do mundo inteiro. O que nos resta é não contar as horas e fazer o que quisermos agora e não deixar pra depois. Vai que depois é o fim?

Termino este texto com a sábia frase de autor desconhecido que resume pelo menos o meu desejo:

"Quando você nasceu, você chorou e o mundo alegrou. Viva sua vida de forma que quando você morrer, o mundo chore e você se alegre."

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dinheiro

 É só nisso que os homens conseguem pensar. O ser humano é movido a algumas moedas. Sejam dólares, euros, libras, reais... Em qualquer lugar do mundo, atualmente se faz tudo pensando no dinheiro.

Até quando? Quando irão perceber que sem amor nada adianta? Tanto ódio no mundo, tanta violência, tanta discórdia... A culpa é toda dessa gente que olha mais nos bolsos que no coração.

Enquanto valorizarem mais mais o que se tem no cofre do que na cabeça, o ser humano não vai evoluir.